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										Mais municípios querem proibir 
										Bisfenol A. 
										   
										Ele é acusado de provocar muitas doenças como obesidade, aborto e câncer.
 Bisfenol A ou BPA é um difenol, 
										utilizado na produção do policarbonato 
										de Bisfenol A, o policarbonato mais 
										comum, e de outros plásticos. A 
										substância é proibida em países como 
										Canadá, Dinamarca e Costa Rica, bem como 
										em alguns Estados norte-americanos, mas 
										no Brasil era utilizada na produção de 
										garrafas plásticas, mamadeiras (biberons) 
										e copos para bebês e produtos de 
										plástico variados, sendo proibida apenas 
										ao final de 2011, com prazo até ao final 
										de 2012 para a retirada do produto das 
										prateleiras e estoques.
 
 Desde a década de 1930 que se suspeita 
										que seja prejudicial à saúde humana 
										(estudos sobre estrogenicidade). Em 
										2008, após vários artigos do governo dos 
										EUA questionarem sua segurança, alguns 
										varejistas retiraram das prateleiras 
										produtos com BPA. Um estudo do FDA (Food 
										and Drug Administration) de 2010 
										levantou preocupações quanto à exposição 
										de fetos, bebês e crianças pequenas.
 
 
										  
										No Brasil 
										No Brasil a aprovação de uma lei na 
										Câmara dos Vereadores de Piracicaba em 
										junho alavancou o debate em todo o país; 
										utilizada em muitos produtos plásticos, 
										a substância pode causar aborto, 
										obesidade e até câncer.
 
 A lei que proíbe a comercialização de 
										produtos que contenham Bisfenol A em 
										Piracicaba ainda aguarda a sanção do 
										prefeito, mas a aprovação da medida 
										pelos vereadores da cidade do interior 
										de São Paulo suscitou o interesse de 
										parlamentares de todo o Brasil em 
										expandir a iniciativa. Em Campinas, 
										Sorocaba, Americana e Bauru, todas 
										cidade paulistas, foram protocolados 
										projetos de lei que visam proibir a 
										substância química encontrada em 
										produtos e em embalagens de plástico.
 
										Também há vereadores interessados em 
										propostas semelhantes em Salvador (BA), 
										Rio Claro (SP) e Tupã (MG).
 
 
										Proibido em vários países
 
 O Bisfenol A é usado na fabricação do 
										plástico e do revestimento interno de 
										latas de bebidas e de alimentos.
 Segundo pesquisas, pode provocar 
										puberdade precoce, câncer, alterações no 
										sistema reprodutivo e no desenvolvimento 
										hormonal, infertilidade, aborto e 
										obesidade. Por conta disso, foi proibido 
										na União Europeia, no Canadá, na China, 
										na Malásia e na Costa Rica. Onze estados 
										americanos também vetaram o BPA em 
										mamadeiras e em copos infantis.
 
 Entre as capitais, Salvador demonstrou 
										interesse e, assim como outras 200 
										cidades brasileiras, solicitou cópia do 
										projeto ao vereador piracicabano Capitão 
										Gomes, autor do primeiro projeto de 
										proibição de Bisfenol A no Brasil.
 
 
										Projeto na Câmara
 
 Em âmbito federal, já está em tramitação 
										na Câmara dos Deputados projeto de lei 
										assinado por Alfredo Sirkis (PV), que 
										proíbe a comercialização da substância 
										química em qualquer produto ou 
										embalagem. No Senado, Gim Argello propôs 
										recentemente a proibição do bisfenol A 
										em chupetas e em mamadeiras em todo o 
										território nacional.
 
 A Sociedade de Endocrinologia e 
										Metabologia, regional São Paulo (SBEM-SP), 
										também está envolvida no tema e lançou 
										em 2010 a campanha "Diga não ao bisfenol 
										A: A vida não tem plano B", onde divulga 
										os perigos da substância.
 
 Para este ano, além de palestras 
										realizadas em várias cidades, a entidade 
										está organizando o II Fórum SBEM-SP 
										sobre desreguladores endócrinos: "Como a 
										exposição diária afeta a saúde humana", 
										a ser realizado em novembro.
 
										
 
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